Águas Claras ganha horto agroflorestal dentro de UBS e aposta em saúde com as próprias mãos

Projeto une cultivo de plantas medicinais, bem-estar mental e participação da comunidade no cuidado com a saúde

REDAÇÃO

6/17/2025

Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

Uma nova forma de cuidar da saúde chegou à UBS 2 de Águas Claras: plantar, colher e conviver. A unidade inaugurou nesta quarta-feira (12) o seu Horto Agroflorestal Medicinal Biodinâmico (Hamb), um espaço dedicado ao cultivo de plantas medicinais, hortaliças e espécies nativas do Cerrado, tudo com foco no bem-estar físico e mental da comunidade.

Integrante da Rede de Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos (RHAMB), o projeto é uma parceria entre a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) e a Fiocruz Brasília. A ideia é usar a natureza como aliada no tratamento e prevenção de doenças, além de envolver os próprios moradores no cuidado com o espaço.

Com mudas de lavanda, alecrim, manjericão, tomilho, limão, acerola, romã e até graviola, o horto também cultiva Plantas Alimentícias Não Convencionais (Pancs) e já beneficia usuários tanto da UBS 2 quanto da UBS 1 da região. É o terceiro horto do tipo na Região de Saúde Sudoeste, que inclui Águas Claras, Samambaia, Taguatinga, Recanto das Emas e Vicente Pires.

Para Bruno Assis, diretor regional de Atenção Primária à Saúde, o espaço vai além da estética: “Esse horto é uma estratégia valiosa. Além de promover saúde, o projeto fortalece os laços entre os usuários e a UBS, pois eles próprios serão responsáveis por plantar, colher e manter o espaço”.

A gerente das UBSs 1 e 2, Anita Babi, destacou os efeitos positivos na saúde mental: “O horto é um marco para a unidade e para a população. Ele ampliará ações comunitárias e os pacientes aprenderão a cultivar e utilizar as plantas. Além disso, a participação ativa no plantio e na colheita contribui para a saúde mental e o bem-estar, ajudando a reduzir ansiedade e depressão”.

Além de promover a qualidade de vida, o espaço ajuda na sustentabilidade. Os hortos também abastecem as chamadas “Farmácias Vivas”, fornecendo insumos naturais para tratamentos alternativos e entregando mudas e plantas medicinais para uso da população.

Segundo Marcos Trajano, gerente de Práticas Integrativas da SES-DF, o projeto vai além da produção de plantas: “O horto não é apenas um local verde dentro da unidade. Ele é um ambiente de convivência, onde se cultivam relações, amizade e respeito. Quando as pessoas cuidam da terra juntas, fortalecem laços e promovem um senso de pertencimento”.

Moradores aprovaram a novidade. A pedagoga Lídia Leal, de 58 anos, resumiu o sentimento geral: “Isso é maravilhoso! O plantio e a colheita são terapêuticos, fazem bem para o corpo e para a mente. Foi uma ideia incrível e eu quero participar sempre que puder”.

Com essa nova unidade, o Distrito Federal passa a contar com 29 hortos agroflorestais ativos na rede pública, promovendo saúde de forma natural e colaborativa.

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