Águas Claras se destaca no cuidado com pets, mas moradores pedem mais apoio público
Tutores investem em prevenção e saúde dos animais, enquanto esperam ações mais efetivas das autoridades
REDAÇÃO
5/8/2025




Quem circula por Águas Claras percebe como os cães fazem parte da paisagem da cidade. Em calçadas, praças e parques, tutores levam seus animais para passear e demonstram responsabilidade com itens básicos como coleiras, vacinas e atenção às doenças mais comuns, como raiva, giardíase e leishmaniose. “Durante o passeio eu tento ter o máximo de cuidado possível para ele não pegar algum resto de alimento do chão ou de algum lixo. Já aconteceu uma vez e foi um susto enorme”, conta Pollyanna Duarte, tutora do cãozinho Max.
Essa conscientização também se reflete nas regras dos condomínios. O síndico Marcos Vieira explica que foi preciso definir normas para garantir o bem-estar coletivo. “Temos regras claras: uso obrigatório de coleiras nas áreas comuns, proibição de cães soltos nos elevadores e penalidades para quem não recolhe as fezes do animal”, afirma. Ele lembra que já houve casos de animais soltos avançando em crianças.
Segundo o veterinário Luiz Cury, que atende na região, cães de apartamento enfrentam problemas como obesidade e sedentarismo, além de riscos maiores de infecções. “A giardíase, por exemplo, é muito comum. Mesmo que o tutor recolha as fezes, os parasitas podem continuar no local”, alerta. A doença é transmitida pelo contato com fezes contaminadas e pode causar diarreia, vômitos e fraqueza nos animais.
Na esfera pública, a Secretaria de Proteção Animal (SEPAN-DF) tem promovido campanhas de vacinação, microchipagem e adoção, mas admite que ainda não possui dados específicos sobre Águas Claras. Projetos mais robustos, como abrigos e castrações em larga escala, ainda dependem de ajustes logísticos. Enquanto isso, a Diretoria de Vigilância Ambiental (Zoonoses/DF) atua em casos suspeitos de doenças com potencial de transmissão, como a leishmaniose.
Mesmo com essa estrutura, o cuidado primário segue nas mãos dos tutores. “O cachorro não fala, então cabe a nós prestar atenção em qualquer mudança de comportamento, feridas, febres ou cansaço”, reforça o veterinário Luiz Cury, destacando a importância dos check-ups regulares e da observação diária do animal.
Para melhorar a convivência, muitos condomínios estão criando áreas exclusivas para os pets. “Alguns já têm espaços com brinquedos, bancos e locais onde os cães podem correr soltos, sempre com supervisão”, conta o síndico Marcos. Isso evita conflitos com áreas infantis e oferece mais qualidade de vida aos animais.
A expectativa de quem vive na região é que o poder público esteja mais presente nas ruas, com campanhas e orientações acessíveis. “Seria ótimo ter mais campanhas aqui mesmo em Águas Claras, nas praças, com vacinação, microchipagem e orientação. Muita gente quer fazer o certo, só precisa de apoio”, conclui Pollyanna.

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