Ex-síndica de condomínio em Águas Claras é solta após prisão preventiva por desfalque de R$ 350 mil
Justiça autoriza liberdade de Daniele Nóbrega, investigada por fraude e furto qualificado; moradores apontam prejuízos e irregularidades na gestão condominial
REDAÇÂO
6/20/2025




A ex-síndica Daniele Nóbrega teve o alvará de soltura expedido em 18 de junho, encerrando sua prisão preventiva iniciada em 16 de abril. Ela é investigada por suposto desvio de mais de R$ 350 mil do condomínio Residencial Monte Carlo, em Águas Claras, e responde por furto qualificado, fraude, abuso de confiança e falsidade ideológica. A defesa nega as acusações e afirma que Nóbrega tem prestado total colaboração às autoridades.
A suspeita sobre a gestão financeira surgiu no início do ano, após uma assembleia extraordinária que aprovou a cobrança de uma taxa extra de R$ 40 mil para um serviço chamado “bate‑fofo”, parte da recuperação da fachada do prédio. Logo depois, alguns condôminos exigiram comprovações detalhadas das despesas do ano anterior. Segundo relatos, houve resistência e demora no acesso aos documentos, mas, após apresentação dos extratos, os condôminos iniciaram minuciosa investigação financeira.
Na análise, foram identificados gastos incomuns, como compras para uma esmalteria em Ceilândia, incluindo materiais de obra e produtos de acabamento. Esses valores foram apresentados nos registros como “manutenção” ou “outras despesas”.
Além dos possíveis desvios, moradores relataram negligência na manutenção do condomínio, como falhas em sistemas de combate a incêndio e extintores vencidos.
Em resposta, a Polícia Civil do DF realizou buscas habitacionais em endereços ligados a Nóbrega e apreendeu celulares e computadores. Em maio, a 1ª Vara Cível de Águas Claras bloqueou três veículos dela — um Volkswagen Saveiro, um Fiat Argo e uma moto Yamaha Crypton — além do apartamento no mesmo condomínio. Um pedido de bloqueio de valores bancários foi negado temporariamente.
A defesa emitiu nota justificando a liberação de Nóbrega com os seguintes termos:
“A medida também reflete o reconhecimento de que os fundamentos que anteriormente justificaram a custódia cautelar não mais subsistem, tornando desnecessária a manutenção da prisão. Reiteramos o compromisso da defesa com a legalidade e com a observância do devido processo legal.”
Nesse contexto, a liberdade foi condicionada à continuidade das investigações e ao ressarcimento dos prejuízos. O caso segue em tramitação, e novas decisões judiciais podem surgir à medida em que o processo avança.

MAIS NOTÍCIAS


Viva Águas Claras
Fique por dentro das novidades de Águas Claras.
contato@vivaaguasclaras.com
© 2025. Todos os direitos reservados.